Sobre a ponte

Muito já se falou sobre a ponte Salvador-Itaparica, numa extensão, em linha reta, de pouco mais de 14 quilômetros, maior que a Rio-Niteroi, construída no Governo Médici, há 35 anos. Aqui a profundidade é de mais de 40 metros.
Agora o assunto volta à tona, com a proposta do governador Jacques Wagner, que hoje em Brasília vai pedir recursos (mais de R$ 1 bi) para a obra. O projeto em si é super ambicioso
e só deverá ser concretizado, se assim ocorrer, através de uma Parceria Público Privada (PPP), pois nem o governo sozinho e muito menos a iniciativa privada, em tempos de crise, dispõem desses recursos.
Há décadas que a construção da ponte vem sendo discutida informalmente. No próprio Estado essa obra já foi considerada inviável, não apenas pelo seu alto custo, mas por problemas de logística, que incluem uma possível cobrança de pedágio, e a pouca demanda (??) de veículos no chamado período de baixa estação. Há ainda a questão do transporte de carga, hoje feito junto com o de veículos de passeio nos navios ferries. E já se aventou a questão da Baía de Todos os Santos ser local onde ficam fundeados grandes navios petroleiros, o que exigiria malabarismo da engenharia para manter o trânsito marítimo sem prejuízos.
Enfim, muita coisa ainda vai rolar até que se decida se a ponte sai ou não do universo das intenções.